domingo, 18 de dezembro de 2011

Onde foi que eu me perdi? 
Ou deixei-me pelo caminho?
Por que não me disseram que o atalho era foda?
Que na minha história, embora eu não fosse a mocinha, haveria vilões?
A verdade é que já não sei como retroceder...
Se quer pensei em soltar migalhas no caminho, simplesmente me joguei e fui, agora me encontro perdida.
Que paradoxo!
E nem sinto o medo que supunha,
só uma angústia q advém da falta de possibilidades.
Talvez eu até saiba voltar, mas o que me perturba seja a triste certeza de que não sou a menina de antes.
E tenho medo da amargura, da frieza, tenho medo de ter medo, de até voltar errado.
Vou ficar bem paradinha.
Descer aqui pelo canto da parede, sem vergonha de ser o que meus extintos exigem.

Vontade de ter vontade nem sei de quê... só me diz aí, isso é normal?
Todo mundo tem essa minha sorte azarada??
Os caminhos são todos iguais Alice?
Minha muiteza se esvai...

domingo, 27 de novembro de 2011

Reciclando

Medos, degraus à cima.
Angústia, ferocidade.

Bom, há outros artesanatos e artefatos que tenho produzido.
De fato, há quem não curta reciclagem, mas eu faço o que e como gosto.
Agora é assim.

E continuo tentando acertar,
só que desta vez, sem deixar que amolem as tesouras e facas em mim.
E por isso algumas vezes erro também,
e bato com o martelo, sem querer, no dedo alheio...
Paciência...
Já tive tanta...
Agora é vez de compreenderem.
Prometo ter mais cuidado.
Mas saibam que soltei leões pra defender minha área.
Achei cachorros muito singelos pra tanta escuridão!

Doce sempre!
Mas deixou de enfarar.
Tava enjoativo demais.
Buscando equilibrio então!
Recilagem de doce,
com cuidado pra não amargar.

E vou aprender a fazer pirão de peixe.
Assim que morrerem as piranhas que nasceram no esgoto do meu quintal.



sábado, 22 de outubro de 2011

Graus

Enfim te vejo, a me enxergar.
E tuas dúvidas a respeito de minha condulta, me enaltessem.
Porque sou mesmo louca.
E de tão ser me rendo ao teu cedro de rei absoluto, 
e sinto prazer na tua injusta desconfiança.
Excitante descofiança falsa, pois sei no que vorazmente acreditas.
Assim o sei.
É bom te provocar!
E até achei que demorou a notar minhas notas.
Entendas que o que sempre foi só teu, 
também é por vezes ameaçado, 
e te cuidas, 
está em extinção.
O leite que em mim há de escorrer, por vezes,
somente em minha terra frutificou, plantas de astros.
E é justo porque, afinal, o que para alguém escrevo, 
abaixo o assino sem subliminares,
ao antigo, que agora voltara a nascer, não de existência,
mas de nomenclatura:
AMOR! Você
F.R (Meu)

sábado, 15 de outubro de 2011

Sobrevivência

Por muitos e árduos dias, meses, anos...
Esqueci a parte doce do amor.
As sutilezas, que passei a chamar  de bobagens, tão gostosas...
E eu esquecera de quão melódica tornam a vida!
Coração acelerado.
Sorriso incontrolável.
Auto-estima flutuante.
Vontade de usar perfume, de estar e sentir-se bem 
e bela, por que não?
Tudo pode ser tão mais leve...
Por que compliquei tanto?
Vou agora apaixonalizar, 
começar tirando meus velhos e bons cd´s do armário, 
e ressentir somente o que é bom, 
o que for ruim substituo por novas boas "bobagens".
Amar é bobo e bom!
Vou agora!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Adoçar

A minha boca.
Esta que deseja e cala.
Infame e tão serena.
É doce, como não mais supunha, 
e ao ser usada, enfim, aos poucos meu coração gela.
Um choque térmico capaz de aguçar meus sentidos, 
me torna quente como de costume, 
e permite-me ser cores e sons novos e antigos.
É assim que gosto.
Paradoxo.
Ambiguidade.
Delicadeza e veracidade.
A verdade que se falha não é de um todo corrupta.
E minha indifereza e apatia aliviam-me num leve canto de ninar...

Sou de nan nan nan ã, ã ã ã ã ã, sou de nan nan ã...

Durmo assim, leve e livre do que tanto já pesou!
Ainda que não totalmente, sinto o reflexo dos progressos, 
e já canto vitória!
Tudo um dia será azul de novo!

domingo, 2 de outubro de 2011

Música é sabor.

 
Sinto gosto de infância, com tempero de maturidade.
E ouço os sons que aceleram-me a pulsação, e descubro 
que as cores e sabores não joguei fora, só guardei.
E gosto desta minha caixinha de recordações, 
que me dizem que viva e vívida sempre estarei aos arco-íris, 
às sonoridades que dizem tanto de mim.
Ser menina e mulher.
Sou agridoce em tudo quanto posso.
Apegar-me, 
pegar-me, 
soltar-me...
Tudo que meu sangue quente, e meu sorriso inconsequente permitir.
Por que eu gosto de sentir, 
de doer, 
de gemer, 
de ganhar e perder,
de gritar,
de deitar,
eu sempre gostei de sofrer de amar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Outubro

Não gosto do outono,
nem de Outubro.
As mágoas enraizam, regurgito sofrimentos,
lutando ainda para que meu mel não petrifique.
Meu ferrão é dos grandes e agressivos.
Tenho vontades e pensamentos psicopatas contra vespas que me perturbam.
Viúva negra, não é páreo pra mim.
A falta de melanina eu desconto no caráter que lhe falta e que me sobra.
No mês de Outrubro tudo piora, e ainda que
por aí a fora, por aqui por dentro aflora tudo
quanto passara e soubera,
e espero com fervor minha primavera
que trará um prato frio,
não feito por mim,
pela cozinheira vida,
e hei de comer com gozo,
orgasmos múltiplos de ver que nem tudo fica impune.
Tua imundicie será minha glória.
E na lama deste mês já canto vitória,
da tua desgraçada marca mísera e profunda
que somente hoje me atormenta.